(1) Consegue-se comprar praticamente qualquer coisa no mercado informal nas ruas, na janela do carro. Só nesse trajeto vi vendedores oferecendo: frutas, acessórios de carro, galinhas vivas, ferro de passar, carrinho de bebê, cabideiros, tapetes (dos grandes!), quadro branco, roupas sociais, malas de viagem, DVDs, óculos de sol, compra/venda de dólar... Eles trazem a maioria dos produtos do famoso mercado "Roque Santeiro" (um dos maiores mercados a céu aberto do mundo) que é o principal centro de abastecimento da cidade.
(2) Na falta de transporte público na cidade, existem os "candongueiros". São vans pintadas de branco e azul (que aparecem nas fotos aí em cima), sempre acima da lotação máxima, dirigindo de maneira nada segura e ajudam a deixar o trânsito ainda mais caótico.
(3) No meio do caos da cidade, só mesmo uma boa música para animar! Os principais ritmos de Angola são o Semba, o Kuduro e a Kizomba. O semba é também conhecido como "umbigada", antepassado do nosso samba brasileiro e de outros ritmos africanos. O Kuduro é o funk dos angolanos, uma mistura de rap com funk que surgiu nas periferias e virou febre. Já a kizomba é um ritmo mais leve, fusão entre o semba e o zouk. Uma variação da kizomba é a "tarrachinha", bem mais lento e sensual com uma maneira bem "particular" de dançar.
Aproveitando o tema musical, quem quiser conhecer um ritmo diferente, vale a pena conferir o vídeo da cantora Lura, que é cabo-verdiana. Ela canta em crioulo, que é uma mistura de português com línguas nativas de Cabo Verde, e é a língua não-oficial do país.