Preparando para voltar...

Depois de 3,5 semanas na Austrália, está chegando a hora de voltar. Geralmente é uma sensação boa de volta pra casa, mas ultimamente não é bem isso que estou sentindo. Estou me preparando para voltar para a sensação de insegurança que tenho hoje no Brasil, e nem o clima festivo do final do ano está conseguindo me tirar isso. Viajar com frequência de certa forma me tira um pouco dessa realidade estressante, que todo mundo acaba se acostumando como se fosse simplesmente normal - é inacreditável como a gente consegue se acomodar com estas situações. Mas mesmo estando longe a violência me atingiu: meu irmão sofreu um sequestro relâmpago em SP, em poder dos bandidos por 3h até conseguirem estourar com todos os limites dos cartões dele. Graças a Deus ele está bem fisicamente, mas creio que ninguém consegue sair ileso emocionalmente depois de uma situação destas. É alucinante a sensação de incapacidade e desespero quando acontece algo assim com alguém que você ama, pois você está do outro lado do mundo e não há nada o que você possa fazer. A minha vontade de largar tudo e vir para um lugar mais tranquilo está cada vez mais forte, pois em breve quero ter minha família, e quero que meus filhos sejam criados em um lugar seguro, tranquilo, com qualidade de vida. Dá vontade de vir e trazer para cá todas as pessoas que eu amo, mas eu sei que isso não seria possível. Confesso que estou dividida, pois tenho laços fortes com o Rio, com o Brasil: minha família, meus amigos, meu trabalho, minha história. Mas ao mesmo tempo não estou mais conseguindo achar tudo isso normal. Vou aproveitar esse final de ano para refletir sobre o rumo que eu vou tomar na minha vida......

Surfers Paradise

Pessoal, confesso que tenho estado meio ausente... Sorry... Vida dura de trabalho com jornada dupla - no escritório da Australia, e de madrugada no fuso horário do Brasil...

Mas no final de semana passado, pra compensar o meu stress habitual, resolvi passar o final de semana em Surfers Paradise, aproveitando que no sábado teria a festa de aniversário de uma amiga brasileira do escritório, a Leandra.

Para começar: pegamos o trem sexta no final do dia depois do trabalho. 1h de trem, + uns 25 minutos de taxi até Surfers. Jantamos em um lugar chamado "Os Benditos Brasileiros" - uma menina que veio para a Australia fazer um curso de chef de cozinha, e acabou ficando. Trouxe 2 irmãos e montaram um restaurante pequenininho que tem no cardápio arroz, feijão, farofa, carne móída, feijoada... tem até açaí (que no cardápio aparece com a dica de pronúncia local - algo tipo "a-sigh-ee") e guaraná antárctica, e de sobremesa oferecem brigadeiro (no cardápio como "chocolate balls") e cocada. Paraíso da culinária para quem está há muito tempo fora de casa.... (pena que eu não levei câmera no dia pra tirar fotos!)

No sábado e domingo aproveitei bastante a praia - que estava um espetáculo! Levei um livro, e fiquei aproveitando a paisagem linda... Interessante que, apesar da cidade estar lotada, em pleno domingo, a praia não fica cheia mesmo como nossas praias na Zona Sul do Rio.

Os salva vidas colocam 2 bandeiras delimitando o espaço que as pessoas podem ficar na água. Se alguém nada fora daquele espaço, chamam a atenção deles com um megafone para voltar para a área de segurança. Pelo que me explicaram não é à toa: nessa praia tem muitas valas, que não deixam as pessoas saírem da água. Por isso todo mundo tem que ficar sob vigilância constante. Até mesmo uma colega do escritório que estava lá teve que ser resgatada (só que foi um adolescente surfista que estava por perto que a salvou).

Agora tenho que ir trabalhar... por aqui já é segunda de manhã!

Informalidade

Hoje resolvi almoçar fora, lá perto do Centro de Luanda. No caminho de volta, nos 30 minutos que passei dentro do carro nas ruas congestionadas da cidade, e vim pensando no que escreveria neste post.

(1) Consegue-se comprar praticamente qualquer coisa no mercado informal nas ruas, na janela do carro. Só nesse trajeto vi vendedores oferecendo: frutas, acessórios de carro, galinhas vivas, ferro de passar, carrinho de bebê, cabideiros, tapetes (dos grandes!), quadro branco, roupas sociais, malas de viagem, DVDs, óculos de sol, compra/venda de dólar... Eles trazem a maioria dos produtos do famoso mercado "Roque Santeiro" (um dos maiores mercados a céu aberto do mundo) que é o principal centro de abastecimento da cidade.

(2) Na falta de transporte público na cidade, existem os "candongueiros". São vans pintadas de branco e azul (que aparecem nas fotos aí em cima), sempre acima da lotação máxima, dirigindo de maneira nada segura e ajudam a deixar o trânsito ainda mais caótico.

(3) No meio do caos da cidade, só mesmo uma boa música para animar! Os principais ritmos de Angola são o Semba, o Kuduro e a Kizomba. O semba é também conhecido como "umbigada", antepassado do nosso samba brasileiro e de outros ritmos africanos. O Kuduro é o funk dos angolanos, uma mistura de rap com funk que surgiu nas periferias e virou febre. Já a kizomba é um ritmo mais leve, fusão entre o semba e o zouk. Uma variação da kizomba é a "tarrachinha", bem mais lento e sensual com uma maneira bem "particular" de dançar.

Aproveitando o tema musical, quem quiser conhecer um ritmo diferente, vale a pena conferir o vídeo da cantora Lura, que é cabo-verdiana. Ela canta em crioulo, que é uma mistura de português com línguas nativas de Cabo Verde, e é a língua não-oficial do país.

Relax

Na última vez que sai de férias, resolvi ficar no Rio. Mas não consegui descansar como gostaria porque estava correndo atrás de um apartamento para morar, e resolvendo todos os problemas que estavam pendentes.

Dessa vez resolvi realmente relaxar: vim passar 10 dias em Luanda! Estou a-do-ran-do! Aqui eu não tenho compromissos, não tenho coisas para resolver, então me obrigo a descansar. Acordo todos os dias depois das 10h, leio livros, vejo filmes em DVD e coisas inúteis na internet...

Luanda, como sempre, me surpreende a cada vez que venho. É incrível ver as mudanças que a cidade vem passando nos últimos anos: a reconstrução pós-guerra civil patrocinada pelos enormes investimentos estrangeiros da indústria do petróleo muda a paisagem da cidade, trazendo infra-estrutura, novos negócios e mais investidores. Os vôos chegam lotados à Angola com pelo menos 70% de chineses e filipinos que vem trabalhar na construção civil. Pequenos investidores de vários lugares do mundo (muitos brasileiros) vem para o país montar pequenos negócios que geram mais empregos, renda, e ajudam a impulsionar ainda mais a economia. Hoje já temos aqui uma rede de padarias brasileiras, restaurantes para todos os gostos e bolsos, shopping center, cinemas, tem até um Bob's no lugar mais badalado da cidade e um mega hotel 5 estrelas sendo construído. O problema é que o custo de vida ainda é elevadíssimo. Grande parte dos produtos que encontramos no supermercado ainda é importado (pois não tem produção interna para suprir a grande demanda), fora o preço que se paga pelos serviços básicos como água e eletricidade - aqui precisa ter um gerador em casa para garantir energia elétrica disponível 24h/dia.

Depois de 26 anos de guerra civil, o país tem que passar por um período de transição para se reestruturar. Mas aqui o ritmo é acelerado...

Meio Ambiente

Continuando a compartilhar minhas reflexões:

(2) Quanto que ajudamos/prejudicamos o planeta com relação aos recursos naturais e meio ambiente? Vale a pena dar uma olhada no site http://www.myfootprint.org/.



Nele você pode responder um questionário para descobrir qual o impacto que você tem no meio ambiente com a sua qualidade de vida (a sua "pegada ecológica"/ecological footprint), e quantos planetas seriam necessários se todos no planeta tivessem o mesmo estido de vida.


O planeta não consegue se renovar na velocidade que consumimos os recursos. Precisamos mudar já para preservar nosso planeta para as gerações futuras!

Gestos simples que podem ajudar bastante a reduzir a nossa "pegada ecológica":


- Recicle o lixo na sua casa


- plante uma árvore (fiz a minha parte esta semana com a equipe que participou de uma trilha no Parque Municipal da Prainha)


- Use mais transporte público / dê carona


- Economize água (feche a torneira enquanto escova os dentes, e enquanto passa sabão na louça)


- Economize eletricidade (lâmpadas econômicas, minimizando o uso de ar condicionado)

Reflexões

Nessa semana minha viagem não foi para outros países... Foi uma viagem interior, numa semana de treinamento onde pude refletir não somente sobre minha atuação no meu trabalho, mas sobre minha visão do mundo e do meu papel como cidadã do planeta Terra.

(nada melhor que a paisagem do Rio como inspiração para refletir...)

(1) Vendo o mundo por uma perspectiva diferente: criado por Buckminster Fuller na década de 40 projetando a terra sobre um icosaedro, esse modelo mostra o planeta por um outro ângulo, sem "cima" ou "baixo", norte ou sul, simplesmente "dentro" e "fora" e minimizando as distorções que existem no mapa mundi tradicional que estamos acostumados.

http://en.wikipedia.org/wiki/Dymaxion

Riverfire

Na minha temporada na Australia tive o privilégio de estar em Brisbane no dia do Riverfestival, que é um evento que acontece todos os anos para comemorar a chegada da primavera, e junto com a primavera celebram o rio, a vida e levantam a discussão dos problemas ambientais e sustentabilidade. Durante 2 dias o Brisbane River, que corta a cidade, fica cheio de atrações como bandas de música, competições, etc. Na noite de sábado apareceram 2 jatos F1-11 voando baixo, fazendo a manobra "dump and burn" quebrando a barreira do som anunciando o início da tradicional queima de fogos (o Riverfire) na tradicional Story Bridge - na foto aparece o ratro dos jatos passando em cima da ponte.

A queima de fogos é um espetáculo de quase 30 minutos, com direito a cachoeira de fogos caindo da ponte (que nem a cachoeira tradicional do Meridien) acontecendo simultaneamente em umas balsas que ficam ao longo do rio até a Victoria Bridge seguindo exatamente na mesma sequencia. Adorei!!

Byron Bay

Mais uma vez de volta à Australia! Dessa vez tive oportunidade de fazer um passeio que há muito tempo vinha tentando fazer: ir à Surfers Paradise e à Byron Bay.

Surfers Paradise fica na Golden Coast, famosa por suas ondas perfeitas procurada por turistas, é uma cidadezinha super moderninha, uma ótima infra-estrutura, praias lindas...

Mas infelizmente não tive muito tempo de ficar lá pois estávamos à caminho de Byron Bay, 200km de Brisbane no norte do estado de New South Wales. Essa cidade é famosa pelo Farol que fica no ponto extremo leste da Australia. É uma cidadezinha onde boa parte da população ainda está na era hippie, e tem um charme indescritível. Tentei colocar aqui algumas das fotos que mostram a incrível beleza da região.

Lighthouse de Byron Bay:

Cor do mar...

My birthday

Semana passada foi meu aniversário. Obrigada a todos que me ligaram, mandaram e-mails, mensagens no orkut, etc... Sou workaholic assumida, e acabo não conseguindo dar a atenção que meus amigos e minha família merecem. Mas quero deixar registrado aqui: amo vocês! Obrigada por fazerem parte da minha vida! (estou emotiva hoje...)

No meio da semana, com família e noivo longe, para comemorar optei por um happy-hour com o pessoal do trabalho. Quem descobre onde foi só pela foto da sobremesa?

Visual

As imagens falam por si só - um pouco do visual de Maputo que tanto me encanta...

Vista do restaurante do Hotel Girassol


Por do sol....

Back to Africa

O mundo realmente dá voltas...
Em julho do ano passado me despedi de todos do projeto que eu estava participando na África do Sul e Moçambique com a chegada da Patty, que assumiu minhas atividades. Passei mais de 1 ano longe da Africa, viajando para outros lugares do mundo (Canada, Australia, China..).
No mês passado, depois de uma reestruturação da área que eu trabalho, acabei sendo promovida e agora estou como "HR business partner" de uma linha de negócios da empresa, e parte das minhas atividades incluirá uma participação no projeto que eu estava trabalhando anteriormente em Moçambique! - eu não imaginava que isso pudesse acontecer tão cedo.
Estou essa semana em Maputo. Está sendo ótimo rever todo mundo, e também conhecer as pessoas que entraram no projeto depois da minha saída. Esse final de semana aproveitei para colocar meu sono em dia, caminhei na beira da praia, conheci alguns dos novos restaurantes da cidade e também a nova sorveteria italiana que abriu aqui perto do hotel.
É muito bom estar de volta!

Shanghai

Essa viagem para a China foi realmente "relâmpago". Demorei 2 dias para chegar lá, fiquei 4 dias (de muito trabalho) e depois mais 2 dias para voltar - mas foi tempo suficiente para eu sair de lá e não querer tão cedo comida oriental (o que vale um post só para comentar sobre isso)... Eu estava com a mala pronta para ir para a Australia depois da China, mas tivemos um imprevisto e acabei voltando direto pro Brasil.

A maioria das fotos que eu tirei foram no caminho do aeroporto para o hotel, e no retorno para o aeroporto. Meio frustrante ir do outro lado do mundo e só ver isso... Eu estava no bairro de Pudong, que é o centro financeiro da cidade. Do outro lado do rio fica Puxi, a parte antiga da cidade, onde ainda é o centro cultural e de entretenimento de Shanghai. Pela falta de tempo acabei não visitando essa parte da cidade - fica para uma próxima viagem...

Como eu já tinha comentado, a cidade estava toda florida. Realmente linda!

Na beira do rio Huangpu (黄浦江) - vista de Puxi (o mais perto que eu cheguei de lá):

Vista da Jin Mao Tower: - é interessante ver a quantidade de prédios em construção:

Vista interna do prédio do 81o andar (lá embaixo no 54o andar está o lobby do hotel):

Outro lado do mundo

你好 Ni Hao!
Ca estou eu de novo do outro lado do mundo, mas dessa vez em um lugar diferente: China!
Cheguei ontem de manhã em Shanghai, e só vi a cidade no caminho do aeroporto para o hotel, e pela janela do prédio. O hotel que eu estou hospedada é no mesmo prédio do escritório, e por isso ainda não tive oportunidade de passear na rua (principalmente pelo cansaço de ter passado 48h praticamente acordada o tempo todo a caminho daqui).

O que eu vi de Shanghai até agora: lindamente arborizada, as ruas são cercadas de canteiros com flores de diferentes cores que impressionam à primeira vista. Além disso, a cidade parece um grande canteiro de obras, com construções de prédios gigantescos, viadutos, etc por toda a parte. Estou na Jin Mao Tower, que é considerado o prédio mais alto da cidade (88 andares - eu estou no 81o), segundo a wikipedia o 5o. maior do mundo, mas estão construindo um ao lado que será ainda maior...

Depois vou fazer o upload das fotos que eu tirar.

拜拜 (bye bye)
晚安 (wan an - good night!)

Noosa

Dando continuidade aos meus posts turísticos, mais um passeio legal no final de semana que passei por lá: fui visitar Noosa, que fica na famosa Gold Coast ao norte de Brisbane. Noosa tem um jeito "badalado" de Búzios, com uma rua cheia de lojas e restaurantes como se fosse a Rua das Pedras.

A praia é simplesmente linda... Água morna, como no nordeste do Brasil, uma cor deslumbrante... O legal é que mesmo as praias mais badaladas não ficam cheias - acho que é pela extensão do litoral e do pequeno número de habitantes do país (perto de 20 milhões).

Curiosidades:
- É proibida a venda de qualquer produto na areia da praia - nada de picolés, cerveja ou mesmo água.
- Os Australianos são super conscientes com relação à segurança. Com exceção dos surfistas, as pessoas ficam o tempo todo na área sob proteção dos salva-vidas, demarcada com bandeirinhas na areia.
- A Austrália tem uma das maiores incidências de câncer de pele do mundo, e por isso as pessoas são super preocupadas com o sol, usando chapéus e roupas que evitam os raios solares, preferindo ficar de roupa na parte gramada depois da areia.
---- mesmo assim vi várias mulheres na praia fazendo top-less...

Lone Pine

Nessa minha temporada australiana, aproveitei para fazer algo bem turístico: visitei o Lone Pine, que é um santuário de coalas. Além de coalas tem muitos cangurus (que você pode até dar comida na boca), pássaros, jacarés e outros bichos.

Esses bichos diferentes são realmente uma atração à parte - lindos demais! Como uma boa turista não pude deixar de deixar lá $20 só para poder tirar uma foto com um coala no colo... O álbum completo está no Picasa (depois eu mando o link para quem não tiver).

Fatos interessantes:

- Os coalas passam pelo menos 80% da vida deles dormindo nas árvores, 10% comendo folhas de eucalipto, e no restante do tempo ficam sentados e pouco se movimentam.

- Apareceu em um programa de TV local a historia de um coala que foi atropelado numa estrada e teve a pata fraturada. O Governo pagou por uma cirurgia de $3.000 para colocar um pino de titanio e reabilitar o bichinho...

Pedalando

Após uma semana de muito trabalho e muito sono para colocar o fuso horário em dia, tive um final de semana para descansar e passear.

Na sexta depois do trabalho fui fazer uma caminhada pela beira do Brisbane River, onde tem um caminho por vários quilômetros nas duas margens, onde as pessoas caminham e andam de bicicleta.

Um detalhe curioso: a lei por aqui é bastante rígida com os ciclistas. Para andar de bicicleta por aqui, só se estiver usando capacete, e tem que ter buzina, farol e lanterna traseira para não ser multado. E o interessante é que todo mundo respeita, na cidade ou em qualquer estrada esquecida no meio do nada (imagina se instituissem uma lei dessas no Brasil?!)

Na caminhada aproveitei para tirar umas fotos no Eagle Street Pier, onde tem uns restaurantes ótimos.

Por falar em restaurantes, já vi aqui restaurantes de todos os tipos: japonês, chinês, koreano, italiano, indiano, etc. Mas não encontrei ainda um restaurante com comida tipicamente australiana! A gente fica esperando algum restaurante parecido com o Outback, com aquele pão gostoso quentinho com manteiga, mas não tem nada disso... Pra quem não sabe, a rede Outback é americana...

Australia

Finalmente, depois de um tempo quietinha no meu canto, volto às minhas viagens pelo mundo...

Comecei o ano em um lugar muito especial: Brisbane, Australia.
Cheguei aqui na sexta-feira, e até agora estou tentando me acertar com as 13h de diferença de fuso horário...

(foto do meu caminho do hotel para o escritório pela beira do Rio que atravessa a cidade...)

Vim para cá pela primeira vez em maio/2005. Fiquei simplesmente encantada, fascinada com a cidade, o país. Eu já conheci muitos lugares muito legais, mas esse foi um lugar onde eu senti algo diferente, como se fosse um lugar não somente para conhecer, mas é um lugar que eu tenho vontade de morar um dia na minha vida, onde eu gostaria de criar os meus filhos.


Tudo aqui é especial: o clima parecido com o do Rio, mas não tão quente; economia crescendo, empregos para todos, governo que funciona, renda bem distribuída; pessoas extremamente simpáticas, solidárias, preocupadas com o meio ambiente... É como se fosse um Brasil melhorado.


Eu amo profundamente o meu país, minha cidade, mas a violência que nos cerca hoje acaba nos deixando ilhados nas nossas casas, mudamos nossas rotinas diárias para minimizar riscos, aprendendo a conviver com essa constante insegurança.

Férias

Depois de muito tempo, muito trabalho, muitas viagens, muito cansaço, finalmente entrei de férias!

Quando se fala em férias todo mundo pensa em viajar, conhecer outros lugares... No meu caso, acabei resolvendo fazer algo bem diferente: ficar em casa! Pois é... Eu já viajo tanto, que não será nada mal passar minhas 3 tão sonhadas semanas de férias no Rio, descansando, dormindo até tarde, vendo filminhos, curtindo o verão, praia, passeando pelo bairro, curtindo essa cidade que eu amo tanto e, melhor de tudo, muito bem acompanhada do meu love...

Na verdade eu até pensei em viajar para a Australia (eu estive por 1 semana em 2005 e me apaixonei pelo lugar), mas o preço da passagem e o custo das coisas lá são surreais... Anyway, para fazer uma viagem dessas eu teria que planejar com antecedência, e sabendo como no meu trabalho as coisas surgem de repente, e você acaba tendo que adaptar a sua agenda em função disso, resolvi não arriscar.

Mas ficar aqui vai ser bom porque preciso pegar este tempinho para procurar um novo apartamento. Estou meio acampada hoje em um ap por temporada, e já está na hora de morar em algum lugar mais com cara de "home sweet home".

Até mais! Vou pegar minha bicicleta e passear na praia agora... :-) - Vida boa!!

St. John's

Com a correria habitual de final de ano, só agora consegui parar um instante para contar a última parte da minha viagem para o Canadá.

Logo depois de Goose Bay, fiz uma rápida visita a St.John's (rápida mesmo: menos de 24h).
St. John's é uma das cidades mais antigas do Canada, fundada em 1497, tem cerca de 100 mil habitantes e fica no extremo leste do Canada em Newfoundland.

Apesar do pouco tempo que passei lá, posso dizer que fiquei encantada com a cidade. A paisagem linda, o estilo das casas, o clima (muita neve, mas temperatura agradável comparado aos outros lugares que eu fui), bons restaurantes, a simpatia das pessoas... Uma curiosidade é que a cidade tem a maior concentração de bares e restaurantes per capita da America do Norte! Pena que pelo pouco tempo que fiquei só conheci um restaurante, e por sinal era muito bom.

Sendo o ponto mais ao leste do Canada, acaba sendo uma ligação natural com a Europa - ponto de parada de transatlânticos e outros navios indo para a Europa, que depois só param na Irlanda. A foto aí embaixo mostra a enseada que leva até o porto.
Inclusive lá em St John's foi o lugar onde foi recebida a primeira mensagem wireless transatlântica, em 1901.

P.S. O El Niño realmente vem confundindo o clima da terra: em geral lá só neva a partir do final de dezembro. Esse ano começou a nevar em outubro. E no inverno passado esteve tão quente que só nevou em fevereiro. O que será do nosso planeta se as coisas continuarem assim?