sexta-feira, janeiro 20, 2006

Na Embaixada

Eu tinha uma reunião marcada com o Embaixador às 11h para poder liberar meu visto. Fui recebida muito amavelmente pela assistente, que me encaminhou para uma sala de espera, onde fiquei por uns quarenta minutos. Depois me chamaram para ficar na sala de espera ao lado da sala do Embaixador. Resutado: passei 2:30h esperando o Embaixador me receber por 5 minutos para liberar o visto!

Comentários:
- Aqui em Joburg a maioria dos vigias, porteiros, recepcionistas, etc são negros, e os cargos de maior nível em geral são preenchidos por brancos (ainda herança do Apartheid, problemas sociais, etc). Mas quando cheguei na Embaixada reparei que todos os empregados são negros (gaboneses) e os 2 vigias na entrada eram brancos (achei curioso!).

- O preconceito dos brancos contra os negros ainda é muito forte, mas "inibido". A pessoa que me levou na Embaixada em Pretoria era branca. Depois de me esperar por todo esse tempo, quando eu entrei no carro ela ficou reclamando "Monkeys, monkeys!", porque é inadmissível um atraso destes, e depois ficou relembrando a época de ouro quando se tinha o Apartheid, e os brancos podiam andar livremente nas ruas, era um país "como a Europa", todos tinham dinheiro, etc...

- Descobri através dessa mesma pessoa que a maioria dos jovens brancos de Joburg andam armados, devido à grande violência das ruas (como uma maneira de se proteger). E que essa mesma pessoa já foi salva pelo filho quando tentaram sequestrar o carro deles, dando vários tiros, e o filho que estava armado respondeu com mais tiros e os caras fugiram...

3 comentários:

Anônimo disse...

uauuu
emocionante sua vida aí!!!
achei super legal e moderna a idéia do blog.. sem contar que vc escreve super bem!!! Ao ler, parece que estamos "vendo e vivendo" todas essas coisas tbm...
Bom, aproveite bastante, se cuide!!! E coloque mais fotooooos
:o)

Bjos!

João Francisco A. Enomoto disse...

Poutz... bem, quanto a espera de 2hrs e meia, acho que mesmo no Brasil seria a mesma coisa. Como disse no meu comment anterior: burocracia. E deve ser surreal viver ai. Digo, aqui as pessoas não andam tão armadas a esse ponto. Cuidado Ana!

Bjocas!

Renato disse...

Quando eu digo que o apartheid não acabou as pessoas não acreditam em mim... fazer o q?
Essa mania de proteção existe, de uma certa forma, também no Brasil... São Paulo possui mais segurança particular que pública!!